terça-feira, 23 de março de 2010

Biologia Celular - Aula Teórica 07 - Téc. Histológicas: lâminas permanentes

A aula de hoje será voltada ao estudo de técnicas histológicas, mais especificamente no que diz respeito a lâminas permanentes.

O primeiro passo é coletar o material a ser observado. Em seguida, faz-se a segmentação do material, seguida pela fixação.

A fixação é importante para impedir ataques bacterianos, autólise celular, autólise de organelas, transformação de substâncias e perda de substâncias lábeis e solúveis.

Nesse contexto, vale ressaltar que a velocidade da fixação varia em função da seguinte fórmula:



d -> difusão do fixador
v -> velocidade de fixação
t -> tempo de exposição


A velocidade ainda depende de outros fatores, como:

- características químicas do fixador
> reação com proteínas
> penetração de outros fixadores
> velocidade individual

- características célula/tecido
> homogeneidade tecidual
> vias de penetração

- tamanho da peça

No entanto, há um lado negativo na fixação. Ela pode acarretar em certas modificações (artefatos):

- volume tecidual, causando inchaço ou enrugamento; causas:

> permeabilidade da membrana;
> inibição do processo respiratório;
> modificações no transporte de sódio;
> processos não compreendidos.

- osmolaridade

O ideal seria a que a pressão osmótica fosse igual dos tecidos. Porém, os precipitadores de proteínas enrugam as células e os não precipitadores de proteínas incham as células.

Alguns fatores alteram o processo de fixação. São eles:

- tamanho da peça
- agitação
- calor
- viscosidade
- vácuo
- microondas

Categorias de fixadores

Os fixadores podem ser de três tipos:

- microatômicos;

- citoquímicos;

- histoquímicos.

Desidratação (série crescente de álcool)

Substâncias usadas na desidratação

- Álcool
- Álcool isopropílico
- Dioxano

Fatores que interferem na desidratação

-
Tamanho da peça
- Agitação
- Calor

Diafanização (retirada de álcool)

Possibilita a impregnação e a inclusão.

Substâncias usadas:

1.
Xileno e Tolueno
>
vantagens: rápido, transparente
> desvantagens: inflamável, rígido, tóxico

2.
Clorofórmio
> vantagens: não produz esfarelamento, não é inflamável, pode ser deixado por bastante tempo descansando
> desvantagens: não muda o índice de refração, é cancerígeno

3. Óleo de Cedro
> vantagens: viscoso, não endurece, bom para tecidos delicados
> desvantagens: lento

A impregnação e a inclusão devem possibilitar:

- cortes finos
- nitidez
- coloração intensa
- evitar a contração do material

Viscosidade do meio de inclusão serve para:

- coesão molecular
- temperatura
- tempo

Substâncias usadas no processo de impregnação:

1. Parafina
2. Parapalast
3. Glicol estereato

O processo que segue é a microtomia, que consiste no próprio corte. A qualidade dos cortes depende do: formato dos cristais, dureza dos cristais, tamanho e grau de adesão.

Os cortes podem ser:

- Finos:
> baixa quantidade de cristais
> baixa força cristalina
> alta força da gravidade sobre o corte

- Espessos:
> alta força cristalina
> alto deslocamento de cristais

A parafina é retirada e o material é hidratado em concentrações decrescentes de álcool. O próximo processo é a coloração.

Os corantes utilizados são compostos aromáticos, derivados do benzeno, com ligações instáveis e variabilidades nas ligações.

Compontes do corante:

Auxocromos - radical saligênico (OH, COOH, NH2, SH...)

Cromogênio - radical cromóforo (não saligênico) + benzeno (hidrocarboneto cíclico/fixo)

A cor resultante é efeito do comprimento de onda eletromagnético que forma imagem e raios luminosos absorvidos e refletidos.

Fim de aula.

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